O setor de infraestrutura encerra 2024 com resultados positivos e perspectivas ainda mais animadoras para 2025, impulsionado por investimentos robustos e parcerias público-privadas. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a projeção de crescimento do setor foi revisada de 3% para 3,5%, graças ao aquecimento do mercado imobiliário e ao aumento de novas vagas de trabalho.
Investimentos Recordes
Dados da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB) indicam que os investimentos em infraestrutura alcançaram R$ 259,3 bilhões em 2024, sendo R$ 197,1 bilhões provenientes da iniciativa privada e R$ 62,2 bilhões do setor público. Apesar do recorde, o Brasil ainda investe apenas 2,2% do PIB em infraestrutura, bem abaixo dos 4,31% considerados ideais.
Entre os destaques estão projetos como o Novo PAC Infra, que inclui 30 aeroportos, 17 ferrovias, 45 obras de mobilidade urbana, além de investimentos em saneamento e energia elétrica.
Principais Obras
Um dos projetos emblemáticos é o Rodovias Integradas do Paraná – Lote 4, que envolve R$ 8,3 bilhões para a duplicação de rodovias e construção de infraestrutura moderna. Em São Paulo, a concessão de rodovias, como a Rota Sorocabana e o Lote Litoral Paulista, representa investimentos de mais de R$ 13 bilhões em obras de duplicação, ciclovias e acessos.
Além disso, o estado de São Paulo avança com concessões de saneamento, que podem gerar R$ 30 bilhões em novos investimentos, com projetos de despoluição de rios e expansão de redes de esgoto.
Perspectivas para 2025
O governo federal planeja novas concessões rodoviárias em 2025, com contratos mais enxutos para atrair investidores. Esse modelo inclui redução de obrigações e prazos menores, oferecendo retorno mais rápido. A previsão é que obras de infraestrutura e saneamento continuem a alavancar o crescimento do setor, consolidando o Brasil entre os maiores mercados globais de investimentos.
Com um horizonte positivo e projetos estruturados, o setor de infraestrutura reafirma sua importância para o desenvolvimento econômico, enquanto busca superar desafios, como a necessidade de dobrar os aportes para atingir níveis globais adequados.
Fonte: Revista Grandes Construções
